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Pará

O estado do Pará está localizado na região Norte do Brasil. O seu povoamento baseou-se na exploração do leito do rio Amazonas. O interesse português na região surgiu das riquezas naturais do território paraense, como os recursos minerais.

Na atualidade, o Pará é um dos principais produtores de ferro e ouro do Brasil. É o estado nortista brasileiro mais populoso, e sua forma de governo é composta por Três Poderes. O Pará possui uma das maiores capacidades de geração de energia hidrelétrica do país. A cultura paraense é marcada por influências indígenas e religiosas. São pratos culinários típicos do Pará o pato no tucupi e o tacacá.

Leia também: Rondônia – estado do Norte do Brasil que tem diversas reservas indígenas

Dados gerais do Pará

  • Região: Norte
  • Capital: Belém
  • Área territorial: 1.245.870 km² (IBGE, 2019)
  • População: 8.690.745 habitantes (IBGE, 2020)
  • Densidade demográfica: 6,07 hab./km² (IBGE, 2010)
  • Fuso: UTC-3
  • Clima: Equatorial

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História do Pará

O povoamento do atual território do Pará foi iniciado por um explorador espanhol, Francisco de Orellana, ainda no século XVI, por meio do desbravamento da foz do rio Amazonas. Já a chegada dos portugueses à região é datada de 1616 e explicada pelo interesse dos colonizadores em dominar o vale fluvial do Amazonas, considerado um ponto estratégico do Norte do Brasil.

O interesse dos portugueses pela região fez com que o território do Pará fosse integrado à capitania do Maranhão e, posteriormente, separado em uma capitania própria, chamada de Grão-Pará. A criação dessa capitania culminou no aumento do povoamento da região, em especial, por meio das margens dos rios. O processo de povoamento local foi marcado pelo intenso embate entre os povos nativos, os índios e os exploradores.

O início da exploração do território paraense foi caracterizado pelo importante levantamento geográfico e biológico da região, concretizado por diversos naturalistas europeus, que catalogavam as espécies ainda desconhecidas da Amazônia. Esse processo de exploração também culminou no aumento do interesse de Portugal pelos bens naturais da região.

O extrativismo da borracha e da madeira, por exemplo, foram os principais motores econômicos do estado até o início do século XX. Posteriormente, novas atividades econômicas foram implementadas, como a coleta de castanha, a produção de cacau e a pecuária extensiva.

A castanha-do-pará é um dos produtos mais conhecidos do estado, sendo coletada à mão em áreas de castanhais.
A castanha-do-pará é um dos produtos mais conhecidos do estado, sendo coletada à mão em áreas de castanhais.

Na segunda metade do século XX, houve um intenso investimento estatal na região Norte do Brasil, em razão de interesses políticos e econômicos estatais. No caso do Pará, foram criadas colônias de povoamento, assim como grandes investimentos na área agrícola, por meio da criação bovina e do plantio de monoculturas. A mineração, iniciada em meados de 1970, também foi um dos principais motores de povoamento do território paraense, com destaque para as regiões de serra dos Carajás e serra Pelada.

Além disso, foram realizados novos projetos de infraestrutura, como a criação da rodovia Belém–Brasília, que ligava a capital estatual paraense à nova capital federal do Brasil. Dessa maneira, o estado do Pará se consolidou como um importante centro econômico e político da região Norte do Brasil.

Geografia do Pará

O Pará está localizado na região Norte do Brasil. O território paraense faz divisa com:

O Pará, ainda, é banhado pelo oceano Atlântico e faz fronteira com o Suriname e a Guiana. O relevo é marcado por extensas planícies de baixa altitude, no geral, distribuídas ao longo dos leitos dos rios, com marcas altimétricas menores que 200 metros. As principais elevações de altitude no estado são as serras de Carajás, Cachimbo e Acari.

O território paraense se divide entre as bacias hidrográficas do Amazonas e do Tocantins. Os principais rios do Pará são o Amazonas, Tapajós, Tocantins, Xingu, Jari e Pará. No geral, são rios de planície, muito caudalosos e propícios à navegação. O clima predominante do Pará é o Equatorial, marcado pelas elevadas temperaturas e pelos altos índices de chuva. A vegetação é de Floresta Amazônica, com pequenas áreas de Mangue e Cerrado.

Veja também: Pantanal – maior planície alagada do mundo

Mapa do Pará

Fonte: IBGE.
Fonte: IBGE.

Divisão geográfica do Pará

A divisão geográfica dos estados do Brasil foi atualizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2017. No caso do estado do Pará, ele possui 144 municípios, classificados em sete regiões geográficas intermediárias e 21 regiões geográficas imediatas. São elas:

REGIÕES GEOGRÁFICAS INTERMEDIÁRIAS

REGIÕES GEOGRÁFICAS IMEDIATAS

 

Belém

Belém

Cametá

Abaetetuba

 

 

Castanhal

Castanhal

Bragança

Capanema

Paragominas

Capitão Poço

 

Marabá

Marabá

Parauapebas

Tucuruí

 

Redenção

Redenção

Tucumã-São Félix do Xingu

Xinguara

 

Santarém

Santarém

Itaituba

Oriximiná

Altamira

Altamira

Almeirim-Porto de Moz

Breves

Breves

Soure-Salvaterra

Fonte: IBGE

Demografia do Pará

O Pará é o estado mais populoso da região Norte do Brasil, com mais de 8,5 milhões de habitantes. A população estadual tem uma forte contribuição de povos descendentes de imigrantes, com destaque para portugueses, franceses e japoneses. Além disso, no estado vivem cerca de 31 etnias indígenas.

A maior parte da população é urbana e está concentrada nas principais cidades do estado. A capital do Pará, Belém, possui mais de 1,5 milhão de habitantes, sendo a maior cidade em população paraense. Além da capital, são cidades populosas do Pará: Ananindeua, Santarém, Marabá, Parauapebas e Castanhal.

A cidade de Belém é a capital e mais importante cidade do Pará, sendo o centro político e econômico estadual.
A cidade de Belém é a capital e mais importante cidade do Pará, sendo o centro político e econômico estadual.

Economia do Pará

A economia do Pará é uma das principais da região Norte do Brasil e está baseada no setor primário. Na agricultura, os principais produtos cultivados são soja, pimenta, cacau, limão e coco. Já a pecuária está concentrada na criação extensiva de bovinos. O extrativismo é o ramo econômico de maior destaque na economia paraense, sendo o estado um grande produtor de ferro, ouro, cobre, manganês e bauxita. No ramo extrativista, há, ainda, a coleta de castanha e o corte de madeira.

O setor secundário é pouco desenvolvido e está baseado na transformação de bens primários produzidos no estado. A principal indústria estadual é a siderúrgica, em especial, voltada para a produção de alumínio. São outros ramos importantes da indústria local a metalúrgica, madeireira e alimentícia. Já o setor terciário está concentrado no comércio, além de serviços diversos e do funcionalismo público. O turismo é uma atividade que vem crescendo nos últimos anos.

Veja também: Latifúndio – grandes porções de terras com reduzido aproveitamento econômico

Governo do Pará

O modelo governamental estadual do Pará segue a mesma lógica do governo federal, baseada na divisão entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O Executivo é formado pelo governador e sua equipe de gestão. Já o Legislativo tem sua atuação local, formada pelos deputados estaduais, e nacional, composta pelos deputados federais e senadores. O Pará possui 41 deputados estaduais, 17 deputados federais e três senadores. Por fim, o poder Judiciário é representado pelos Tribunais de Justiça do estado.

Bandeira do Pará

Infraestrutura do Pará

O Pará, quando comparado aos demais estados da região Norte do Brasil, possui uma das infraestruturas mais desenvolvidas. No caso dos transportes, o principal meio é o fluvial, em razão da excelente navegabilidade dos rios da região. Além disso há os modais rodoviário e ferroviário, importantes no escoamento da produção primária local. A rodovia Belém–Brasília e a ferrovia Carajás são as mais importantes do Pará. Além disso, o estado possui seis aeroportos de grande porte e cerca de 108 portos marítimos e fluviais.

No ramo da energia, o Pará é um dos centros de produção energética do país, com alta capacidade instalada. As principais hidroelétricas do estado são: Belo Monte, Tucuruí, Teles Pires, São Manoel e Jari. Já no que toca aos serviços básicos para a população, os paraenses desfrutam de uma boa oferta de redes de saúde e educação, sendo o maior desafio a distância espacial entre os centros urbanos e as áreas rurais.

Cultura do Pará

O tacacá é um dos pratos típicos da culinária paraense e possui várias influências de alimentação indígena.
O tacacá é um dos pratos típicos da culinária paraense e possui várias influências de alimentação indígena.

A cultura paraense é uma das mais ricas e singulares do Brasil. O artesanato tem forte influência indígena, com a produção de peças de barro e palha. Já as expressões culturais têm como base a influência dos diversos imigrantes que foram atraídos para o estado ao longo dos anos. São festejos importantes do estado o Círio de Nazaré e os festivais de boi bumbá.

As influências religiosas e indígenas também estão presentes em outras práticas da população, como na música e na culinária. Os principais ritmos musicais paraenses são o calypso, o carimbó, o brega, e a lambada. Já os pratos típicos são o caruru, o cuscuz, a maniçoba, o pato no tucupi e o tacacá.

Publicado por Mateus Campos

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