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Joaquim Manuel de Macedo

Joaquim Manuel de Macedo é um conhecido escritor brasileiro cujas obras apresentam características do romantismo. Seu romance mais famoso é o livro A Moreninha.
Retrato de Joaquim Manuel de Macedo. [1]
Retrato de Joaquim Manuel de Macedo. [1]

Joaquim Manuel de Macedo foi um escritor brasileiro. Ele nasceu em 24 de junho de 1820, em Itaboraí, no Rio de Janeiro. Mais tarde, se formou em Medicina e exerceu a profissão por um tempo. Mas também foi deputado em mais de um mandato, escreveu para alguns periódicos e atuou como professor.

O romancista e dramaturgo faleceu em 11 de abril de 1882, em Itaboraí. Deixou obras que, inseridas no Romantismo brasileiro, possuem características românticas, como a idealização amorosa e o exagero sentimental, mas também aquelas que apresentam crítica sociopolítica. O maior sucesso do autor é o romance urbano A Moreninha.

Leia também: Manuel Antônio de Almeida — o autor de um romance urbano romântico com traços realistas

Resumo sobre Joaquim Manuel de Macedo

  • O autor brasileiro Joaquim Manuel de Macedo nasceu em 1820 e morreu em 1882.

  • Além de romancista, também foi médico, deputado e professor de História.

  • Esse escritor romântico escreveu romances, peças de teatro e poemas narrativos.

  • Seus romances urbanos mostram os costumes da burguesia carioca do século XIX.

  • A Moreninha é sua obra mais famosa e fez grande sucesso em sua época.

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Biografia de Joaquim Manuel de Macedo

Joaquim Manuel de Macedo nasceu em 24 de junho de 1820, no Rio de Janeiro, na vila de São João de Itaboraí, onde passou a infância. Mais tarde, fez faculdade de Medicina. A partir de 1843, passou a escrever para periódicos da época. Ele se formou em 1844.

Ainda em 1844, publicou seu primeiro romance: A Moreninha, e logo conheceu o sucesso como escritor. Porém, iniciou sua carreira de médico em Itaboraí. Por volta de 1850, decidiu abandonar a Medicina. Além de se dedicar à escrita, também foi um dos dirigentes da revista Guanabara, de 1849 a 1855.

O romancista foi nomeado professor de História, em 1849, no colégio Pedro II. Em 1852, escreveu para o jornal A Nação, de cunho político, já que o autor era integrante do Partido Liberal, e foi eleito deputado em 1854. Por volta de 1855, passou também a se dedicar ao teatro, com relativo sucesso.

Em 1860, escreveu para a Revista Popular. No ano seguinte, para o Jornal do Comércio. Novamente, atuou como deputado de 1864 a 1868. Sem o cargo político, começou a ter dificuldades financeiras e a contrair dívidas. De novo, foi deputado entre os anos de 1878 e 1881. Mas ficou doente e faleceu em 11 de abril de 1882, em Itaboraí.

Joaquim Manuel de Macedo e a Academia Brasileira de Letras

O autor Joaquim Manuel de Macedo morreu antes da fundação da Academia Brasileira de Letras. Porém, foi escolhido como patrono da cadeira número 20 por um dos fundadores da ABL, o escritor Salvador de Mendonça (1841-1913).

Quais são as características da obra de Joaquim Manuel de Macedo?

As obras de Joaquim Manuel de Macedo estão inseridas no Romantismo brasileiro. Portanto, apresentam linguagem subjetiva, sentimentalismo, idealização do amor e da mulher. O autor escreveu romances urbanos, com histórias de amor (como em A Moreninha) ou com sátira social (como em A luneta mágica).

Em A Moreninha, seu livro mais famoso, estão presentes as características típicas do romance urbano romântico. Assim, ele possui um herói e uma heroína e mostra os costumes burgueses. A história se passa na cidade do Rio de Janeiro e apresenta o esperado final feliz.

O escritor, apesar de ser mais valorizado pela sua prosa, também escreveu narrativas em verso. No entanto, suas narrativas em verso apresentam características da segunda geração romântica, como o exagero sentimental, o sofrimento amoroso e a temática da morte.

Principais temas de Joaquim Manuel de Macedo

Os principais assuntos presentes nas obras de Joaquim Manuel de Macedo são:

  • Amor

  • Política

  • Costumes burgueses

Obras de Joaquim Manuel de Macedo

  • A Moreninha (1844) — romance.

  • O moço louro (1845) — romance.

  • Os dois amores (1848) — romance.

  • O cego (1849) — teatro.

  • Rosa (1849) — romance.

  • Cobé (1854) — teatro.

  • Vicentina (1854) — romance.

  • O forasteiro (1855) — romance.

  • A carteira de meu tio (1855) — romance.

  • A nebulosa (1857) — poema narrativo.

  • O primo da Califórnia (1858) — teatro.

  • Amor e pátria (1859) — teatro.

  • O sacrifício de Isaac (1859) — teatro.

  • Luxo e vaidade (1860) — teatro.

  • Os romances da semana (1861) — romance.

  • Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro (1863) — crônicas.

  • Lusbela (1863) — teatro.

  • O novo Otelo (1863) — teatro.

  • A torre em concurso (1863) — teatro.

  • O culto do dever (1865) — romance.

  • Mazelas da atualidade (1867) — poema narrativo.

  • Memórias do sobrinho de meu tio (1868) — romance.

  • A luneta mágica (1869) — romance.

  • Nina (1869) — romance.

  • O rio do quarto (1869) — romance.

  • As vítimas-algozes (1869) — novelas.

  • As mulheres de mantilha (1870) — romance.

  • A namoradeira (1870) — romance.

  • Remissão de pecados (1870) — teatro.

  • Um noivo, duas noivas (1871) — romance.

  • Os quatro pontos cardeais (1872) — romance.

  • Cincinato Quebra-Louça (1873) — teatro.

  • A baronesa do amor (1876) — romance.

  • Memórias da rua do Ouvidor (1878) — romance.

  • Mulheres célebres (1878) — biografias.

  • Antonica da Silva (1880) — teatro.

Análise da obra A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo

Capa do livro A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, publicado pela editora Moderna.
Capa do livro A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, publicado pela editora Moderna. [2]

A Moreninha é um romance urbano, publicado pela primeira vez em 1844. Poderia ser considerado o primeiro romance brasileiro, não fosse a publicação, em 1843, do livro O filho do pescador, de Teixeira e Sousa (1812-1861). Porém, é o primeiro romance brasileiro a fazer sucesso no Brasil.

Na época, era um romance de entretenimento e atraiu principalmente as leitoras, por contar uma doce história de amor entre Augusto e Carolina, chamada por todos de Moreninha. A obra, portanto, não possui profundidade, apenas a leveza de um amor que começou ainda na infância do par romântico.

A narrativa tem início com uma aposta entre estudantes de Medicina, Augusto e Filipe. Pelo fato de Augusto não ser do tipo de rapaz que se apaixona por uma só mulher, Filipe o desafia a resistir ao amor em uma viagem que vão fazer a uma ilha do Rio de Janeiro — ao que tudo indica, a ilha de Paquetá.

Assim, se Augusto ficar apaixonado por uma só mulher durante no mínimo 15 dias, ele vai escrever um romance sobre o fato. Mas se Filipe perder a aposta, ele é que vai escrever o romance. Só precisamos dizer que, no final da obra, há a sugestão de que Augusto vai escrever um romance intitulado A Moreninha.

Isso mesmo, ele se apaixona pela Moreninha durante a estadia na ilha, e o amor perdura. Além de Augusto, os estudantes Fabrício e Leopoldo também são convidados para passar dois dias na ilha, onde fica a casa de D. Ana, a avó de Filipe, onde também mora a irmã do rapaz, isto é, Carolina, que tem 14 anos.

No decorrer da trama, Augusto descobre que já tinha conhecido Carolina anos atrás, quando ele tinha 13 anos e ela, 8. Depois não se viram mais, até o momento em que Filipe levou Augusto para a ilha. Assim, o narrador sugere que o par romântico nasceu um para outro e, por isso, merece um final feliz.

Veja também: Bernardo Guimarães — um dos principais representantes do romance regionalista

Frases de Joaquim Manuel de Macedo

A seguir, vamos ler algumas frases de Joaquim Manuel de Macedo, retiradas do livro Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro:

  • “O passado é um livro imenso cheio de preciosos tesouros que não se devem desprezar.”

  • “O mal que se está experimentando sempre nos parece mais grave ou doloroso do que o mal que já se experimentou.”

  • “Há credulidades de sábios doutores que não ficam aquém da credulidade do povo.”

  • “A razão humana é limitada.”

  • “A impostura, o charlatanismo e a hipocrisia, procuram às vezes arremedar a inspiração.”

  • “A prudência convida-nos a desconfiar do que nos parece extraordinário.”

Créditos de imagem

[1] Academia Brasileira de Letras (reprodução)

[2] Editora Moderna (reprodução)

Publicado por Warley Souza

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