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Pressão Osmótica

O soro fisiológico deve ser isotónico em relação ao sangue, ou seja, ambos devem possuir a mesma pressão osmótica
O soro fisiológico deve ser isotónico em relação ao sangue, ou seja, ambos devem possuir a mesma pressão osmótica

Definição conceitual de pressão osmótica

No caso abaixo temos um tubo em U, com duas soluções de concentrações diferentes separadas por uma membrana semipermeável. Normalmente, como se pode ver no quadradinho 1, o que aconteceria é que, por meio do processo de osmose, passaria a haver um desnível, pois o solvente seria transportado da solução mais diluída para a menos diluída, com o objetivo de igualar suas concentrações.

Com o passar do tempo, esse transporte cessaria, porque atingiria uma altura que geraria uma pressão hidrostática sobre a membrana, impedindo o fluxo do solvente por ela (quadrinho 2). Essa é a pressão osmótica.

Porém, se desde o início aplicássemos uma pressão sobre a solução mais concentrada ou menos diluída (a da esquerda), isso impediria que o solvente da outra solução passasse pela membrana semipermeável, ou seja, a osmose não teria ocorrido, conforme pode ser visualizado no terceiro quadrinho. Desse modo, estaríamos aplicando também uma pressão osmótica.

Esquema de pressão osmótica em soluções de concentrações diferentes

A pressão osmótica é simbolizada pela letra grega pi (π) e pode ser determinada por meio de duas expressões matemáticas:

Fórmula de determinação da pressão osmótica

Onde:
M = molaridade da solução (mol/L);
R = constante universal dos gases perfeitos, que é igual a 0,082 atm . L. mol-1. K-1 ou 62,3 mm Hg L. mol-1. K-1;
T = temperatura absoluta, dada em Kelvin;
C = concentração do soluto (mol/L);
i = fator de Van’t Hoff.

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Conforme se verifica na fórmula, quanto maior a diferença de concentração entre os meios, maior será a pressão osmótica exercida.

A importância da pressão osmótica pode ser vista no sangue humano. A pressão osmótica normal do sangue é de aproximadamente 7,7 atm, assim como a pressão osmótica das hemácias (glóbulos vermelhos) também é do mesmo valor. Quando isso ocorre, dizemos que o meio é isotônico (isso significa “igual”, ou seja, é isotônico quando substâncias apresentam pressões osmóticas iguais). Isso permite que as moléculas de água entrem e saiam dos glóbulos vermelhos com a mesma facilidade, garantindo seu funcionamento normal.

No entanto, se o meio for hipotônico, isto é, mais diluído que dentro da hemácia, a água passará com maior facilidade para dentro dela, fazendo com que ela inche e venha até a explodir (hemólise). Já se o meio for hipertônico, mais concentrado que dentro da hemácia, ela murchará, pois perderá água.

Esquema de influência da pressão osmótica no sangue

É por isso que o soro fisiológico usado é uma solução de NaCl que contém  0,9% em massa (ou seja, a cada 100 ml da solução aquosa há 0,9 grama do sal) ou 0,15 mol/L. Desse modo, o soro é isotônico em relação às células sanguíneas e aos líquidos corporais. Do contrário, isso afetaria de maneira grave o organismo do paciente.

Publicado por Jennifer Rocha Vargas Fogaça
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