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Hipotermia

Hipotermia é uma condição em que o corpo apresenta temperatura central igual ou inferior a 35 ºC. A temperatura central é a do coração, pulmão, cérebro e órgãos esplâncnicos, e ela permanece em torno de 36,6 ºC a 37,6 ºC em condições normais. Quando essa temperatura central aumenta ou diminui, o equilíbrio interno do corpo é prejudicado. Desse modo, tanto a febre (aumento acentuado de temperatura) como a hipotermia (queda acentuada de temperatura) são condições que merecem atenção.

A hipotermia pode ter causas diversas, entretanto, uma das mais comuns é a exposição a baixas temperaturas. A pessoa com hipotermia inicialmente sente sintomas como tremores e pele fria. Com o tempo, pode ser observada confusão mental, dificuldade de fala e redução de batimentos cardíacos e frequência respiratória. Se o paciente não receber cuidados adequados, pode morrer em decorrência do problema.

Leia também: Homeostase - a importância da manutenção do equilíbrio do meio interno do corpo

Hipotermia

Para que o nosso corpo funcione de maneira adequada, sua temperatura central deve estar em torno de 36,6 ºC a 37,6 ºC. Variações nesse valores podem provocar alterações em atividades importantes do organismo, como as reações enzimáticas. A hipotermia acontece quando a temperatura central do organismo diminui, apresentando valores iguais ou inferiores a 35 ºC. Vale destacar que alguns autores admitem que a hipotermia é atingida quando a temperatura corporal central está inferior a  36 ºC.

A permanência em ambientes muito frios pode levar à hipotermia.
A permanência em ambientes muito frios pode levar à hipotermia.

Dependendo dos valores atingidos, temos a classificação da hipotermia em leve, moderada ou grave:

  • Hipotermia leve: indivíduo apresenta temperatura central entre 35 ºC e 32 ºC.
  • Hipotermia moderada: indivíduo apresenta temperatura central entre 31,9 ºC e 28 ºC.
  • Hipotermia grave: indivíduo apresenta temperatura central menor que 28 ºC. A hipotermia grave é potencialmente fatal, uma vez que quedas na temperatura corpórea podem provocar, por exemplo, colapso circulatório.

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            → Hipotermia terapêutica

A hipotermia terapêutica consiste na redução controlada de temperatura corporal a fim de evitar complicações neurológicas em determinadas situações. A redução da temperatura evita complicações por suprimir algumas atividades do organismo, atuando, por exemplo, na redução do metabolismo cerebral e na ação de radicais livres. Essa técnica é usada, por exemplo, em recém-nascidos com encefalopatia hipóxico isquêmica, uma complicação da asfixia perinatal, a fim de evitar lesões cerebrais.

Leia também: Sistema Nervoso Central – fundamental para a percepção do mundo que nos cerca

Causas da hipotermia

Apesar de muitas pessoas acreditarem que a hipotermia é desencadeada apenas quando nos expomos a situações de frio, tais como mergulhar em águas geladas e ficarmos sem a devida proteção na neve ou chuva, é importante salientar que o uso de algumas substâncias e também algumas doenças podem ser responsáveis por ela. Sedativos e anestésicos, por exemplo, são alguns medicamentos que podem desencadear o problema.

Além disso, a queda de temperatura pode ser observada em doenças, como hipotireoidismo congênito, distúrbios nutricionais, como a desnutrição, e quando o indivíduo apresenta grande perda de sangue.

Saba mais: O que é hipotireoidismo congênito?

Sintomas da hipotermia

Inicialmente uma pessoa com hipotermia apresenta sintomas como pele fria, palidez e tremores. A redução da temperatura da pele e a palidez são consequências da vasoconstrição (diminuição do calibre do vaso sanguíneo), uma forma de o corpo evitar a perda excessiva de calor.

Os tremores, por sua vez, são uma contração muscular involuntária que promove a produção de calor. Vale salientar que, à medida que o quadro agrava-se, esses tremores vão reduzindo-se. Outros sintomas que podem ser observados durante a hipotermia são: lentidão nos movimentos, confusão mental, fraqueza, dificuldade de fala, redução da pulsação, e sonolência.

Tratamento da hipotermia

A hipotermia é uma situação que necessita de cuidado médico, sendo fundamental procurar ajuda profissional. No caso de hipotermia leve, com sintomas que se restringem aos tremores, pode-se agasalhar o indivíduo e fornecer alimentos quentes, como chás e sopas, como forma de iniciar os primeiros socorros. É importante nunca oferecer bebidas alcoólicas. Além disso, caso o indivíduo esteja com a roupa úmida ou molhada, é fundamental que outras roupas sejam-lhe oferecidas.

Como evitar hipotermia infantil

É importante não dar banhos demorados no bebê, a fim de evitar hipotermia.
É importante não dar banhos demorados no bebê, a fim de evitar hipotermia.

A hipotermia infantil pode ocorrer com facilidade, pois os bebês apresentam rápida perda de calor.  Diante disso, deve-se estar atento a situações do dia a dia, como momentos de troca de roupa e banhos. O ideal é que a criança seja agasalhada de maneira correta, os banhos não sejam demorados e a troca de roupa após o banho seja feita rapidamente, evitando que o bebê fique exposto por muito tempo. Outra dica importante é não automedicar a criança e seguir sempre as recomendações médicas, uma vez que alguns medicamentos podem desencadear o problema.

Como evitar hipotermia em idosos

Os idosos são também um grupo muito sujeito à hipotermia, e alguns cuidados devem ser tomados com eles, principalmente em dias frios. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, para reduzir-se o impacto do frio na saúde dos idosos, algumas medidas são:

  • Utilizar roupas e agasalhos adequados para proteção em ambientes ao ar livre e salas frias, como bonés, toucas, mantas etc;
  • Tomar bebidas quentes, como chás e chocolate, bem como ingerir sopas e caldos;
  • Banhos devem ser rápidos e em temperaturas amenas;
  • Usar cobertores que retenham calor, principalmente no período do sono, quando há declínio da temperatura corporal;
  • Buscar ajuda médica se o idoso apresentar sintomas de confusão mental e calafrios, ou dificuldades respiratórias.
Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos

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