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Aposematismo

Alguns seres vivos fazem uso de cores vivas e marcantes para serem evitados pelos seus predadores
Alguns seres vivos fazem uso de cores vivas e marcantes para serem evitados pelos seus predadores

Também chamado de coloração de advertência, o aposematismo é uma adaptação que certas espécies adquirem ao longo de sua evolução para a sua defesa. Através do aposematismo essas espécies revelam cores vivas e marcantes, como uma forma de advertir seus possíveis predadores de seu gosto impalatável ou dos venenos que possui, como se quisessem dizer a eles: Não encostem em mim, pois posso lhes fazer mal.

Cores como vermelho, amarelo, laranja, verde, azul etc. são cores que chamam a atenção e, por isso, são muito utilizadas por destacarem os seres vivos perigosos. Essas cores podem cobrir uniformemente o corpo do organismo ou formar variações entre elas.

Um ser vivo que se beneficia do aposematismo alerta o seu predador para não consumi-lo, fazendo-o desistir do ataque. Evolutivamente, os seres predadores passaram a identificar e evitar os organismos de cores aposemáticas, que podem causar grandes prejuízos a quem os consumir.

Aproveitando-se dessas cores que afugentam os predadores, alguns animais começaram a “copiar” as cores dos organismos que realmente causam algum prejuízo. Esse é o caso da cobra coral falsa, que não possui veneno, mas que imita as cores da cobra coral verdadeira, extremamente venenosa. Essa capacidade que alguns animais têm de copiar as cores e/ou formato do corpo de outros é chamada de mimetismo.

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A cobra coral falsa imita as cores da cobra coral verdadeira para ser evitada pelos predadores
A cobra coral falsa imita as cores da cobra coral verdadeira para ser evitada pelos predadores

O mimetismo ocorre em várias outras espécies de animais e também entre os vegetais. Um exemplo ocorre entre a borboleta monarca e a borboleta vice-rei. A borboleta monarca é impalatável, e, portanto, não é atacada por predadores. Por esse motivo, a borboleta vice-rei, que é palatável, adquiriu ao longo de sua evolução as mesmas cores da borboleta monarca, a fim de ser confundida e não ser atacada por predadores.

Na figura 1 vemos a borboleta monarca, enquanto que na figura 2 podemos observar a borboleta vice-rei
Na figura 1 vemos a borboleta monarca, enquanto que na figura 2 podemos observar a borboleta vice-rei

Entre os vegetais também há casos de mimetismo. Na figura abaixo podemos observar a orquídea Ophrys apifera, que imita uma abelha, liberando um cheiro para atrair os machos, ajudando-a em sua reprodução.

Até mesmo os vegetais se beneficiam do mimetismo para se beneficiarem
Até mesmo os vegetais se beneficiam do mimetismo para se beneficiarem

Publicado por Paula Louredo Moraes