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Fertilização in vitro

Na fertilização in vitro, os ovócitos são fertilizados pelos espermatozoides fora do corpo feminino.
Na fertilização in vitro, os ovócitos são fertilizados pelos espermatozoides fora do corpo feminino.
A fertilização in vitro (FIV), conhecida popularmente como “bebê de proveta”, é um procedimento da reprodução assistida adotado quando a mulher, ou casal, tem dificuldades de engravidar; e tratamentos mais simples não surtiram efeito.

Geralmente tratam-se casos em que há:

- Obstrução em ambas as tubas uterinas;
- Endometriose mais significativa;
- Ovários policísticos;
- Alterações seminais;
- Insucesso na reversão de laqueadura tubária;
- Pouca produção de espermatozoides;
- Espermatozoides “lentos” (com pouca motilidade);
- Infertilidade sem causa aparente;
- Mulher com idade acima de 37 anos.

Diferentemente do que ocorre na inseminação artificial, na FIV a fecundação ocorre fora do corpo da mulher.

Um dos primeiros passos para realizar tal procedimento é o bloqueio da liberação de hormônios que estimulam o funcionamento dos ovários, permitindo acompanhar com mais facilidade o estágio de desenvolvimento dos folículos. Para tal, são utilizados fármacos específicos.

Em seguida, também com o uso de determinados alopáticos, inicia-se a estimulação ovariana, com o objetivo de provocar a ovulação. Tais etapas duram aproximadamente 15 dias, e são monitoradas via ultrassom.

Pouco mais de um dia após esse evento, os folículos ovarianos são aspirados, por meio de uma agulha e um aparelho especial de sucção. Como é bem rápido (cerca de 10 minutos) e basicamente indolor, a mulher estará liberada mais ou menos uma hora após este procedimento, que também é acompanhado pela ultrassonografia.

Os folículos serão transferidos para uma solução nutritiva, e mantidos em uma estufa. Nessa mesma data, será colhido o esperma do companheiro ou doador. Ovócitos e espermatozoides serão então analisados, com a finalidade de selecionar os mais aptos para serem fecundados.

Os gametas selecionados serão colocados em uma placa de petri ou tubo de ensaio, com meio de cultura adequado, em uma incubadora, estando em condições de temperatura e umidade semelhantes às encontradas nas trompas uterinas – local em que a fecundação geralmente ocorre. A proporção é de aproximadamente 100 mil espermatozoides móveis para cada ovócito. Cerca de dezoito horas depois, já há como saber se ocorreu ou não a fertilização.

Caso os resultados sejam favoráveis, alguns embriões (geralmente até 3 deles) serão transferidos para o corpo feminino. Para tal, utiliza-se um cateter que os conduzirá até a cavidade do útero. A mulher deverá ficar deitada, em repouso, por aproximadamente uma hora, sendo depois liberada. Provavelmente, ela fará o uso de hormônios, a fim de minimizar os riscos de a gravidez ser inviabilizada.

Geralmente quando tal procedimento resulta em mais do que quatro embriões viáveis, é recomendado que estes sejam congelados.
O sucesso dessa técnica é significativamente alto, com índice bem parecido com o de uma concepção pelo método tradicional. No entanto, em muitos casos, é necessário mais de uma tentativa até que se consiga, de fato, engravidar.


Importante:

O médico é quem sugere a adoção desta ou de outra técnica de reprodução assistida, baseado nas dificuldades específicas da mulher ou casal.

Uma solução de custo mais baixo é a FIV simplificada, na qual a utilização de medicamentos é consideravelmente menor.

Em casos em que é mínima ou inexistente a possibilidade de o espermatozoide fertilizar o ovócito por conta própria, pode ser recomendada a injeção intracitoplasmática de espermatozoides. Simplificadamente chamada de ICSI, nela, um único espermatozoide é introduzido no ovócito, com auxílio de instrumentais específicos.

Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima

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