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Riscos dos contraceptivos orais

Os contraceptivos orais apresentam relação com eventos tromboembólicos e aumento da pressão arterial.
Os contraceptivos orais atuam impedindo a ovulação
Os contraceptivos orais atuam impedindo a ovulação

Os contraceptivos orais são, sem dúvida, um método muito utilizado ao redor do mundo para prevenir a gravidez. Eles são formados basicamente por um estrogênio e um progestagênio ou, em alguns casos, apenas por progestagênio. Inibem a liberação do hormônio folículo-estimulante e luteinizante, impedindo a ovulação. Além disso, os contraceptivos orais tornam o muco mais espesso, dificultam a implantação no endométrio e alteram a secreção e movimentação das tubas uterinas.

Há muitas discussões sobre as vantagens e desvantagens desse tipo de método, principalmente após a proibição de venda de um contraceptivo na França. Isso aconteceu porque especialistas associaram diversos casos de trombose ao uso desse tipo de método contraceptivo.

Diversos estudos apontam uma relação entre o uso de contraceptivos orais e o aumento das chances de se ter um evento trombótico. Acredita-se que o risco de desenvolver uma trombose aumente de duas até seis vezes em mulheres que fazem uso desse método hormonal.

Inicialmente se acreditava que o risco de desenvolver essa doença estava exclusivamente relacionado com o fato de que o estrogênio causa um aumento nos fatores de coagulação e uma redução dos inibidores desse mecanismo. Entretanto, pesquisas posteriores mostraram que também existe uma relação com os tipos de progestagênios encontrados na pílula quando associados ao estrogênio. Acredita-se que os que possuem levonorgestrel apresentam menor risco de causarem uma trombose. Dessa forma, sugere-se que contraceptivos que apresentam apenas progestagênio não causam risco para a usuária.

Vale destacar que o risco de se ter um evento tromboembólico é maior no primeiro ano de uso, sendo que o uso prolongado do medicamento não aumenta os riscos.

O acidente vascular encefálico também está muitas vezes relacionado com o uso de contraceptivos orais, sendo que o medicamento que apresenta maior quantidade de estrogênio é o que causa maiores riscos.

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O uso de contraceptivos orais também aumenta os níveis de pressão arterial, sendo assim, não se recomenda o uso desse tipo de método contraceptivo em mulheres hipertensas. Nesse caso, as mulheres devem procurar um método não hormonal.

Algumas pessoas associam o uso de contraceptivos orais com alguns tipos de câncer, como o de mama e o do colo do útero. Alguns trabalhos mostram que não há uma associação entre o câncer de mama e o uso de contraceptivos orais, entretanto, outros mostram um risco maior de desenvolvimento do câncer em mulheres que utilizam o medicamento por mais de 12 anos. Essa ainda é uma questão controversa.

Em relação ao câncer do colo do útero, estudos demonstram que os contraceptivos orais aumentam o risco de desenvolver essa doença. Isso se deve ao fato de que a composição da pílula intensifica a expressão do HPV, vírus responsável pelo surgimento desse tipo de câncer. Além disso, acredita-se que mulheres que fazem uso desse método protegem-se menos de doenças sexualmente transmissíveis e, consequentemente, ficam mais expostas ao vírus.

Apesar de tantos questionamentos a respeito do uso de contraceptivos orais, as respostas concretas ainda não foram encontradas. Enquanto alguns trabalhos associam o risco de algumas doenças com o uso desse método hormonal, outros demonstram que não há uma relação significativa. Entretanto, diante de tantas incertezas, o melhor é sempre procurar um médico antes de escolher qual medicamento utilizar. Somente um médico está apto a dar essa resposta, uma vez que somente após uma análise minuciosa do quadro de cada paciente que uma receita deverá ser emitida.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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