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Infecção generalizada (sepse)

Sepse, também chamada de infecção generalizada, caracteriza-se por uma série de manifestações, em resposta a uma infecção, que afeta os órgãos, podendo levá-los à falência.
Bactérias na corrente sanguínea, causa da sepse.
Algumas infecções são responsáveis por desencadear resposta inflamatória sistêmica.

A infecção generalizada, chamada também de sepse, pode ser definida, de acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse, como “uma condição de risco de vida que surge como resposta do corpo a uma infecção, danificando os seus próprios tecidos e órgãos”. Podemos dizer, de outra forma, que a sepse é uma síndrome causada por uma resposta inflamatória descontrolada que tem origem infecciosa e pode afetar diferentes órgãos do nosso organismo.

Leia também: Infecção, infestação e inflamação

A sepse é também conhecida como septicemia, infecção no sangue e infecção generalizada. Vale destacar, no entanto, que a sepse não é responsável por desencadear infecção em todos os locais do organismo, como pode dar a entender o termo infecção generalizada. A infecção, nesses casos, pode limitar-se a um único órgão, entretanto, gera uma resposta inflamatória em todo o organismo, o que pode levar ao comprometimento de outros órgãos e, em alguns casos, levá-los à falência.

A sepse é a principal causa de morte por infecção no planeta.

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Causas da sepse

Qualquer infecção pode desencadear uma sepse. Entretanto, algumas infecções são responsáveis por mais casos dessa síndrome, sendo elas as infecções que afetam os pulmões, abdômen e sistema urinário. De maneira geral, as bactérias são as maiores responsáveis por causar sepse. De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse, Pneumococcos estão entre os agentes causadores mais comuns desse problema.

Leia também: Por que infecção urinária afeta mais as mulheres?

Grupos de risco

Idosa em uma cama de hospital em referência à sepse.
Idosos apresentam um risco maior de desenvolverem infecções mais graves.

Todas as pessoas podem ter sepse. Entretanto, alguns grupos são mais suscetíveis a desenvolverem formas mais graves de infecções. Recém-nascidos, idosos, pacientes que passaram por quimioterapia, usuários de corticosteroides, pessoas com HIV, diabéticos e pacientes com câncer, por exemplo, são pessoas que merecem atenção redobrada em caso de infecções.

Sintomas da sepse

A sepse é uma síndrome complexa e grave que pode até mesmo desencadear a morte, se não houver o seu manejo adequado. Ela pode ser causada por diferentes tipos de infecção e, portanto, diferentes sinais e sintomas podem ser observados.

São alguns sinais e sintomas gerais da sepse:

  • febre;

  • hipotermia (perca de calor muito rápida que deixa o corpo com temperatura muito baixa);

  • taquipneia (respiração rápida e curta);

  • edema;

  • hipotensão (pressão arterial baixa);

  • taquicardia (aumento da frequência cardíaca) inexplicada;

  • dispneia (dificuldade respiratória);

  • agitação;

  • fraqueza;

  • redução da quantidade de urina;

  • confusão mental.

Vale destacar que os sinais e sintomas descritos anteriormente nem sempre indicam uma sepse e que os sintomas podem manifestar-se de diferentes formas nos pacientes. Em alguns casos, por exemplo, a febre pode nem mesmo ser observada, enquanto em outros pode ocorrer uma febre com temperatura acima de 38ºC.

Atenção: caso observe dois ou mais dos sintomas descritos, consulte imediatamente seu médico.

Sepse neonatal

A sepse neonatal é uma síndrome que causa uma resposta inflamatória sistêmica a uma infecção em bebês no primeiro mês de vida. Ela afeta, principalmente, os recém-nascidos prematuros que possuem um peso ao nascer inferior a 1.500 gramas.

Recém-nascido prematuro, um dos grupos de risco da sepse.
Os recém-nascidos prematuros apresentam uma maior chance de desenvolver uma sepse.

Esse tipo de sepse pode ser classificado como precoce ou tardia:

  • Precoce: ocorre até as primeiras 48 horas de vida do bebê. Geralmente acontece devido a infecções causadas por micro-organismos encontrados no trato genital da mãe.

  • Tardia: acontece após o período de 48 horas de vida do bebê. Está relacionada com micro-organismos que entraram em contato com o bebê após o seu nascimento. Esses micro-organismos podem ser encontrados, por exemplo, em equipamentos utilizados no bebê para procedimentos na UTI e até mesmo por mãos sujas que manusearam a criança.

O recém-nascido com sepse poderá apresentar algumas manifestações clínicas, tais como febre ou hipotermia, dificuldade respiratória, letargia, icterícia, vômito e diarreia.

Saiba um pouco mais sobre: Icterícia do recém-nascido

Diagnóstico da sepse

O diagnóstico de sepse é feito por meio de análise dos sintomas do paciente e de exames complementares. Dentre os exames que podem ser solicitados pelo médico, destacam-se: hemograma completo, creatinina, coagulograma, bilirrubina, gasometria e lactato arterial.

Cura da sepse

Pessoa de jaleco amarelo ao lado de um paciente em referência à sepse.
De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse, a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva.

A sepse, apesar de ser uma condição extremamente grave, apresenta cura. Entretanto, para que o tratamento seja eficiente, é fundamental que ele comece o mais breve possível.

A sepse é responsável por mais de 20% dos custos totais de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Tratamento da sepse

A sepse deve ser tratada assim que os sinais e sintomas da doença forem reconhecidos. Para tratar adequadamente a sepse, é fundamental que se conheça o foco da infecção e o agente infeccioso, portanto, os médicos cuidam de, rapidamente, realizar culturas, de modo a identificar corretamente o problema. O tratamento da sepse inclui antibióticos, medicamentos para garantir o aumento da pressão arterial e até mesmo cirurgia, caso seja necessário retirar alguma fonte de infecção. O tratamento da sepse, geralmente, é realizado em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Procure saber também sobre: As superbactérias

Prevenção da sepse

Para prevenir-se da sepse, é necessário prevenir-se contra infecções e evitar possíveis complicações. Diante disso, separamos algumas dicas simples que podem ser adotadas no dia a dia para evitar infecções e prevenir as complicações decorrentes dessa situação. Veja, a seguir:

  • seguir corretamente o calendário de vacinação;

  • utilizar antibióticos apenas quando recomendado por um médico ou dentista;

  • sempre seguir as recomendações dadas para o uso de antibióticos;

  • lavar sempre as mãos;

  • levar uma vida saudável, alimentando-se bem e praticando atividades físicas regularmente.

Curiosidade: 13 de setembro é o Dia Mundial da Sepse.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos

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