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Desafios Demográficos do Século XXI

Os desafios demográficos envolvem superar as desigualdades e a intolerância entre as diferentes etnias
Os desafios demográficos envolvem superar as desigualdades e a intolerância entre as diferentes etnias

Atualmente, a população mundial ultrapassou a marca dos sete bilhões de habitantes. Entretanto, as maiores preocupações e desafios demográficos existentes não se referem ao quantitativo populacional, mas à distribuição de recursos alimentares, às questões étnicos-sociais, aos movimentos migratórios, à idade média da população, entre outros.

Diante dessas preocupações, podemos enumerar abaixo os principais desafios demográficos do mundo para o século XXI:

1) Questões alimentares: fome e obesidade;

2) Migrações em massa;

3) Racismo, machismo, homofobia e preconceitos de toda forma;

4) Envelhecimento da população.

Problemas alimentares

Há alguns séculos, estimava-se que o elevado aumento populacional seria gerador de grandes catástrofes e problemas relacionados com a falta de recursos naturais para a população. No entanto, o que se observou foi a expansão da produção de alimentos para além dos crescimentos populacionais.

Todavia, muitas pessoas ainda sofrem com a fome ou subnutrição no mundo. Essas pessoas são vítimas diretas da concentração de riquezas e da consequente má distribuição dos recursos alimentares pelo mundo. Eis a problemática da fome.

Existem dois tipos principais de fome no mundo: a do tipo endêmica ou fechada e a do tipo epidêmica ou aberta.

A fome do tipo endêmica é também chamada de subnutrição e refere-se ao tipo de fome resultante da pobreza extrema de uma pessoa ou de uma população inteira. A estimativa atual é de que mais de 800 milhões de pessoas no mundo sofram com a subnutrição, que consiste no consumo médio inferior a 2500 calorias por dia por parte de um indivíduo.

A fome do tipo epidêmica acontece mais raramente, porém costuma ser mais catastrófica. Ela ocorre em períodos de guerra, longas secas, epidemias ou pandemias e até como resultado do abandono da população por parte do governo.

Outro problema alimentar existente no mundo e que se coloca como um desafio a ser superado é a acentuada expansão da obesidade. Ao contrário da fome e da subnutrição, que vêm registrando decréscimos, a obesidade vem aumentando a cada ano. As estimativas são de que o número de obesos seja igual ou superior ao número de pessoas com fome.

A obesidade é o excesso de gordura corporal que uma pessoa possui. Tal problema ocasiona uma diminuição da expectativa de vida em função das diversas doenças por ele causadas, como problemas cardíacos e cânceres.

As principais causas da obesidade no mundo estão relacionadas com o padrão de vida da sociedade global capitalista, como o sedentarismo geral da população e a má alimentação resultante do crescimento do consumo das comidas rápidas ou fast-food. Em países da Europa e do Japão, esse problema já abrange mais de 20% da população e, nos Estados Unidos, 30%.

Os sanduíches e outras comidas rápidas são os grandes vilões da obesidade atualmente
Os sanduíches e outras comidas rápidas são os grandes vilões da obesidade atualmente

Migrações internacionais e xenofobia

As migrações internacionais ocorrem, principalmente, envolvendo habitantes do chamado mundo subdesenvolvido que buscam melhores condições de emprego e renda no mundo desenvolvido. Tal processo vem ocorrendo mais intensamente na história da humanidade desde o final da Segunda Grande Guerra.  A maior parte dessas migrações ocorre por motivações econômicas.

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Os países que recebem esse grande quantitativo populacional procuram estabelecer limites para essa grande quantidade de pessoas que ingressam em seus territórios, a fim de evitar o inchamento populacional e agradar a população interna que reivindica ações nesse sentido. No entanto, essas migrações continuam a ocorrer de forma ilegal.

Ao chegar em um país, esses imigrantes costumam preservar as suas tradições culturais de origem, bem como sua língua e o seu modo de falar, o que representa uma insegurança no que se refere à relação entre Estado e nação. Tal risco materializa-se no fato de os imigrantes passarem a exercer direta influência sobre os rumos político-econômicos nacionais.

Em razão disso, cresce no mundo o processo de xenofobia, que é a aversão que a população de um dado lugar possui em relação a povos estrangeiros, que são vistos como uma ameaça e uma “concorrência desleal” no mercado de trabalho, uma vez que uma pessoa estrangeira costuma receber menores salários.

Existiram e ainda existem diversos casos de xenofobia no mundo, o que vem causando a morte de milhares de pessoas em todo o planeta.

Racismo e intolerância

Outro problema demográfico do mundo atual relaciona-se aos casos de racismo e outras formas de intolerância a grupos como os homossexuais, mulheres e outros.

O racismo está fundamentado em discursos historicamente construídos sobre a superioridade de algumas etnias – erroneamente chamadas de raças – sobre outras. Na maioria dos casos, tais discursos foram previamente elaborados para justificar o domínio de alguns povos sobre outros, isto é, de um Estado sobre outro.

Além disso, o racismo é fruto da hostilidade em relação às pessoas que destoam do padrão de uma dada sociedade, por não se enquadrarem em uma determinada homogeneidade étnica que daria a um determinado Estado o status também de nação, ou Estado-Nação, isto é, quando um território é formado basicamente por uma única etnia.

Outros casos de intolerância também se revelam a partir de discursos históricos. O machismo advém da herança da cultura da submissão feminina nas sociedades do período moderno da história (e até mesmo antes). Casos de homofobia também são frutos desse processo, que coloca no topo da hierarquia social o homem branco heterossexual.

Envelhecimento da população

Uma das questões demográficas que mais vêm gerando debates no contexto mundial é o envelhecimento da população, resultado do controle do crescimento populacional e da elevação da expectativa de vida. Em linhas gerais, nascem menos e morrem menos pessoas no mundo do que antes.

Alguns países da Europa, a exemplo da Alemanha, vêm incentivando a prática familiar de ter mais de um filho por casal através de incentivos à própria família para a criação e manutenção dos padrões de vida de seus filhos.

O grande temor é o de que não haja uma população economicamente ativa para sustentar a previdência e a estrutura dos países.

Publicado por Rodolfo F. Alves Pena

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