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Selfie ou autorretrato?

Afinal de contas, qual termo devemos empregar: Selfie ou autorretrato? Nessa questão, muitos fatores estão envolvidos, como as variações e os empréstimos linguísticos.
Em 2013, os dicionários da Universidade de Oxford elegeram selfie a palavra do ano por causa do aumento expressivo no número de buscas pelo termo
Em 2013, os dicionários da Universidade de Oxford elegeram selfie a palavra do ano por causa do aumento expressivo no número de buscas pelo termo

Não fosse o conceito de variabilidade e mutabilidade da língua você certamente não estaria lendo este texto.

Afinal de contas, qual expressão devemos empregar: Selfie ou autorretrato? Os mais conservadores dirão que é um caso de estrangeirismo tolo e que, se há um correspondente para o termo na língua portuguesa, não há, então, motivo para empregá-lo. A verdade é que a palavra selfie popularizou-se e ganhou muito mais adeptos do que a palavra autorretrato, que não bastasse ser menos simpática (e mais complicada!), ainda ganhou, recentemente, uma nova grafia.

Mas você que adora fazer autorretratos, já se perguntou sobre a origem da palavra selfie?

Esse termo possui origem inglesa, e todos nós sabemos a grande influência que o idioma inglês exerce em todo o mundo, não é mesmo? A palavra selfie é um neologismo com origem no termo self-portrait, que, adivinhem, significa autorretrato, ou seja, a pessoa posa para a foto ao mesmo tempo em que se fotografa. As selfies são extremamente populares, sendo compartilhadas em diversas redes sociais da internet — na verdade, essa é sua grande finalidade. Mas é importante observar que o termo selfie ainda não é uma unanimidade entre os linguistas.

O termo selfie tem origem inglesa e é um neologismo criado a partir da expressão self-portrait, que significa autorretrato
O termo selfie tem origem inglesa e é um neologismo criado a partir da expressão self-portrait, que significa autorretrato

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Acontece que a língua, esse maravilhoso objeto de estudo, é passível de alterações, isto é, não é um objeto estático e imutável, além de ser resultado das variações linguísticas e da contribuição de seus falantes. Cada época e cada contexto histórico deixam uma marca no idioma. Essas marcas nem sempre são indeléveis, isto é, podem perpetuar-se ou simplesmente desaparecerem como um ano desaparece na folhinha do calendário.

A palavra selfie já é tão popular que, no ano de 2013, os responsáveis pelos dicionários da Oxford, da Universidade de Oxford (a mais antiga universidade do mundo anglófono), escolheram-na como a palavra do ano. O motivo para a escolha é simples: em 2013, o emprego dessa palavra cresceu 17.000% (!!!), o que a tornou uma das palavras mais procuradas! Portanto, lutar contra a corrente e desconsiderar a escolha dos falantes é tarefa vã. A língua é do povo, que escolhe os vocábulos de seu idioma de acordo com a época e com as modas. É claro que um pouco de bom senso sempre é válido, portanto, nada de abusar dos estrangeirismos e empréstimos linguísticos, que podem ser um grave empecilho linguístico para uma comunicação eficiente.

Publicado por Luana Castro Alves Perez

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