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Rebeliões Separatistas

Escravos e populares tiveram participação no desenvolvimento da Conjuração Baiana.
Escravos e populares tiveram participação no desenvolvimento da Conjuração Baiana.
Ao observarmos o processo de independência do Brasil, notamos que os desejos pela emancipação apareceram anteriormente ao momento em que o príncipe regente, Dom Pedro I, realizou a proclamação de 1822. Ao longo do século XVIII, em um contexto em que a mineração tinha grande visibilidade econômica, os colonos se mostravam insatisfeitos com as exigências, cobranças e imposições estabelecidas pela Coroa Portuguesa.

Se por um lado contabilizamos a mudança política do governo português, também devemos destacar que essa insatisfação veio acompanhada por uma base de sustentação ideológica. Nesse sentido, surge a necessidade de salientarmos como o Iluminismo, a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos tiveram grande peso para que uma parte dos colonos projetasse o fim do pacto colonial. Já nessa época, alguns filhos de nossas elites se formavam em universidades europeias onde essas transformações eram propagadas.
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Ao identificarmos as rebeliões separatistas, observamos que esse conjunto de fatores atuou em favor de levantes favoráveis à quebra do pacto colonial. Contudo, vale aqui frisar que esses movimentos não podem ser erroneamente julgados como eventos que lutaram pela formação de uma nação autônoma. No século XVIII, a emancipação de nosso extenso território ou o reconhecimento de uma pátria brasileira não se evidenciou na pauta dos revoltosos dessa época.

Por meio dessa afirmativa, realizamos a construção de uma outra perspectiva com relação ao significado da Inconfidência Mineira. Ocorrida em 1789, essa conspiração antimetropolitana não fez menção a nenhum desejo de libertação do nosso território. Focado no desenvolvimento de uma pátria mineira, a elite envolvida com esse movimento estabeleceu um projeto de emancipação que preservava o trabalho escravo em terras coloniais.

Tocada por essa mesma separação entre as elites e as camadas menos favorecidas, a Conjuração Baiana, de 1798, foi impulsionada por uma elite ilustrada que se afastou do movimento ao perceber que o mesmo passava a ser controlado por populares. Mesmo não tendo um projeto amplo de emancipação, essa revolta teve grande importância ao tocar diretamente na questão da escravidão – um dilema que ainda perduraria por um bom tempo em nossa história.
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Por fim, em 1817, observamos uma última revolta que se desenvolveu na capitania de Pernambuco, já conhecida pelo desenvolvimento de diversas situações de enfrentamento. Na chamada Revolução Pernambucana, temos o discurso iluminista e o socialismo utópico, fundamentando a fala de uma população desgastada com os altos impostos a serem pagos e as oscilações econômicas que marcavam o lugar. Mais uma vez, a reprimenda das cortes impediu o fortalecimento dessa situação de conflito.
Publicado por Rainer Gonçalves Sousa

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