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Adoçantes

Adoçantes são produtos usados para adoçar diferentes alimentos. O mel foi o primeiro adoçante utilizado e destaca-se por apresentar alto valor nutricional.
Frascos com variados tipos de adoçantes.
Adoçantes possuem a finalidade de adocicar os alimentos.

Adoçantes são substâncias que possuem a propriedade de adoçar os alimentos, podendo apresentar origem natural ou sintética. Cada adoçante possui propriedades únicas, apesar de todos terem em comum o fato de adoçarem o alimento.

O primeiro adoçante de que se tem registro na nossa história é o mel, o qual é produzido pelas abelhas. Outro adoçante muito conhecido é a sacarose, o famoso açúcar. Atualmente, com o intuito de reduzir o consumo excessivo de açúcar, que é considerado prejudicial à saúde, surgiram vários novos adoçantes. É importante destacar que o uso de adoçantes sem açúcar para controle de peso é desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde.

Leia também: Como é calculado o valor calórico de um alimento?

Resumo sobre adoçantes

  • Adoçantes são substâncias naturais ou sintéticas que apresentam a propriedade de conferir um sabor adocicado aos alimentos.

  • O primeiro adoçante utilizado foi o mel.

  • Os adoçantes podem ser classificados em dois tipos: nutritivos ou calóricos e não nutritivos ou não calóricos.

  • Sacarose, frutose, mel, xarope de milho, melado e lactose são adoçantes nutritivos.

  • Sacarina, sucralose, aspartame e estévia são adoçantes não nutritivos.

O que são adoçantes?

Adoçantes são substâncias que apresentam a propriedade de conferir um sabor adocicado aos alimentos. Eles podem apresentar origem sintética ou natural, e apesar de todos os adoçantes estarem relacionados com a percepção do sabor doce, cada um apresenta uma propriedade distinta, se diferenciando, por exemplo, na forma de absorção e destino metabólico.

Quando estudamos a história dos seres humanos, percebemos que o uso de adoçantes não é recente. O primeiro adoçante utilizado foi o mel, um produto natural produzido pelas abelhas, que já teve seu uso relatado em culturas milenares, como a grega e chinesa. Posteriormente, o mel foi substituído pela sacarose, a qual era originalmente obtida da cana-de-açúcar.

À medida que os estudos sobre os riscos do consumo excessivo de açúcar foram aumentando, foram surgindo novos adoçantes, os quais tinham por objetivo adoçar sem provocar um aumento da taxa glicêmica do organismo e fornecer poucas calorias ao corpo. Esses adoçantes são conhecidos como adoçantes não nutritivos.

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Classificação dos adoçantes

Os adoçantes podem ser classificados em dois tipos: nutritivos ou calóricos e não nutritivos ou não calóricos. Os nutritivos são aqueles que, além de adoçar o alimento, são responsáveis por fornecer calorias ao organismo. Nesse grupo estão inclusos adoçantes como a sacarose, frutose, mel, xarope de milho, melado e lactose. Os adoçantes não nutritivos, por sua vez, não podem ser usados no organismo com a finalidade de produzir energia. Nesse grupo estão inclusos adoçantes como a sacarina, sucralose, aspartame e estévia.

Exemplos de adoçantes nutritivos

  • Mel: o mel é um produto que apresenta um elevado valor nutricional, apresentando em sua composição carboidratos, aminoácidos, sais minerais, vitaminas e flavonoides. É considerado um produto benéfico à saúde e destaca-se por ser o único adoçante que tem origem de uma fonte animal.

  • Sacarose: pode ser extraída da cana-de-açúcar e da beterraba e destaca-se como um dos principais agentes adoçantes utilizados no mundo. Trata-se de um dissacarídeo formado pela ligação entre glicose e frutose. Seu consumo exagerado está relacionado com doenças como diabetes, obesidade e cárie.

Exemplos de adoçantes não nutritivos

Pessoa colocando adoçante artificial em xícara de café.
Pessoas diabéticas podem se beneficiar com o uso de adoçantes sem açúcar.
  • Sacarina: trata-se de um adoçante proveniente de uma substância que ocorre naturalmente nas uvas, chamada de metilantranilato. A sacarina consegue ser 300 vezes mais doce que a sacarose e destaca-se por ser rapidamente excretada e não se acumular no organismo. Um problema da sacarina é o gosto residual deixado na boca após o consumo.

  • Sucralose: a sucralose trata-se de um adoçante derivado da sacarose. Ele apresenta pouca absorção, e a porção absorvida não é metabolizada com a finalidade de produção de energia. A sucralose pode ser 400 a 800 vezes mais doce que a sacarose. É encontrada em vários alimentos industrializados.

  • Aspartame: o aspartame foi descoberto no ano de 1965 e destaca-se por ser cerca de 200 vezes mais doce que a sacarose. Esse adoçante fornece aproximadamente 4 kcal/g, entretanto para adoçar um alimento é necessária uma quantidade muito pequena. É um adoçante não recomendado para pacientes com fenilcetonúria (doença genética relacionada ao metabolismo do aminoácido fenilalanina). Para saber mais sobre o aspartame, clique aqui.

  • Estévia: trata-se de um adoçante obtido a partir da Stevia rebaudiana, uma espécie usada como medicinal no controle de diabetes. Destaca-se por apresentar poder adoçante cerca de 300 vezes mais intenso que a sacarose.

Leia também: Riscos do consumado exagerado de sal

Uso de adoçantes e perda de peso

No dia 15 de maio de 2023, a Organização Mundial da Saúde lançou uma nova diretriz que afirma que adoçantes sem açúcar não devem ser utilizados com a finalidade de controlar o peso. De acordo com a OMS, o uso desses adoçantes não possui benefício a longo prazo quando o assunto é redução de gordura. Vale destacar, no entanto, que as recomendações não são válidas para as pessoas com diabetes, as quais são beneficiadas com o uso desses produtos.

A diretriz da OMS salienta ainda que o uso de adoçantes sem açúcar podem trazer efeitos indesejados com o uso prolongado, estando associado ao risco de diabetes, doenças cardiovasculares e até mesmo mortalidade em adultos.

Fontes

Ribeiro, T. R.; Pirolla, N. F. F.; Nascimento-Júnior, N. M. Adoçantes Artificiais e Naturais: Propriedades Químicas e Biológicas, Processos de Produção e Potenciais Efeitos Nocivos. Rev. Virtual Quim., 2020, 12 (5), 1278-1318. Data de publicação na Web: 18 de Agosto de 2020. Disponível em: https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/v12n5a17.pdf.

Zanini, R.V. Araújo, C.L. Marínez-Mesa, J. Utilização de adoçantes dietéticos entre adultos em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: um estudo de base populacional. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(5):924-934, mai, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/w3kKTbfp97X7v5qpYngJ9TN/?format=pdf.

Barreiros, R.C. Adoçantes nutritivos e não nutritivos. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 14, n. 1, p. 5 - 7, 2012. Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres. Adoçantes. Disponível em: https://abiad.org.br/wp-content/uploads/2017/02/cartilha-adocantes-abiad.pdf.

Noronha, I.F.P.C. Determinação de edulcorantes e constituintes inorgânicos em adoçantes de mesa. Dissertação (Mestrado em Química). Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas da Universidade Feral de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2019.

Adoçantes. Setor de Alimentação e Nutrição/ Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis/ UNIRIO. Boletim nº 07. Maio/2020. Disponível em: http://www.unirio.br/prae/nutricao-prae-1/quarentena/carregamento-boletins-setan/boletim-setan-no-07-2020.

Rocha, L. OMS recomenda que adoçantes sem açúcar não devem ser usados para controle de peso. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/oms-recomenda-que-adocantes-sem-acucar-nao-devem-ser-usados-para-controle-de-peso/.

Garcia, M. Adoçante não é estratégia para perder peso ou tratar obesidade; entenda os riscos e indicações. Disponível em: https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/05/16/adocante-nao-e-estrategia-para-perder-peso-ou-tratar-obesidade-entenda-os-riscos-e-indicacoes.ghtml.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos

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