Whatsapp icon Whatsapp

Distribuição eletrônica e a Tabela Periódica

A relação entre distribuição eletrônica e Tabela Periódica permite-nos informar características sobre os átomos de qualquer elemento químico.
Podemos localizar um elemento químico utilizando a ferramenta da distribuição eletrônica e vice-versa
Podemos localizar um elemento químico utilizando a ferramenta da distribuição eletrônica e vice-versa

A Tabela Periódica organiza os elementos químicos em ordem crescente de número atômico. Muitas informações sobre os átomos que formam esses elementos podem ser retiradas dela. Para isso, basta conhecer bem a sua organização e saber realizar a distribuição eletrônica no diagrama de Linus Pauling. Resumindo: existe uma grande relação entre a distribuição eletrônica e a Tabela periódica.

A Tabela Periódica é organizada da seguinte forma:

  • Colunas Verticais: são as chamadas famílias (divididas em A e B, sendo oito de cada) ou grupos (numerados de 1 a 18);

Os grupos (ou famílias) da Tabela são numerados da esquerda para a direita de 1 a 18
Os grupos (ou famílias) da Tabela são numerados da esquerda para a direita de 1 a 18

Os grupos (ou famílias) na tabela são divididas em A ou B
Os grupos (ou famílias) na tabela são divididas em A ou B

  • Colunas Horizontais: são os chamados períodos. Ao todo na tabela, eles são sete.

A Tabela periódica apresenta um total de sete períodos
A Tabela periódica apresenta um total de sete períodos

Observação: As séries dos Lantanídeos e dos Actinídeos (pertencentes à família IIIB), posicionadas fora e abaixo da tabela, pertencem, respectivamente, ao sexto e sétimo períodos.

Os lantanídeos pertencem ao 6o período, e os actinídeos, ao 7o
Os lantanídeos pertencem ao 6o período, e os actinídeos, ao 7o

O diagrama de Linus Pauling é composto por níveis (um total de sete) e subníveis (s, p, d, f) que são organizados da seguinte forma:

Diagrama de Linus Pauling (as setas indicam ordem de energia)
Diagrama de Linus Pauling (as setas indicam ordem de energia)

As setas em vermelho e rosa indicam a ordem de energia que devemos seguir para realizar a distribuição eletrônica. A seta vermelha que passa pelo 1s é o local de menor energia; e a seta rosa, que passa por 5f, 6d e 7p, é o local de maior energia. Assim, se formos realizar a distribuição de 20 elétrons, devemos seguir a seguinte sequência:

Podemos observar que a distribuição eletrônica terminou no subnível 4s, o que o torna o subnível mais energético do átomo com 20 elétrons. Além disso, notamos que, como a distribuição passou por quatro níveis de energia, esse átomo apresenta quatro níveis. O mais interessante é que podemos obter essas duas informações apenas avaliando a tabela periódica, basta analisar as famílias e períodos.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

A partir do período, nós conseguimos determinar o número de níveis de um átomo de qualquer elemento. O subnível mais energético e o número de elétrons podem ser identificados facilmente pela família. Para isso, basta seguir o esquema organizacional abaixo que mostra o subnível em cada área do diagrama e o número de elétrons que haverá em cada caso:

Distribuição dos subníveis aplicada em cada uma das famílias
Distribuição dos subníveis aplicada em cada uma das famílias

Assim fica muito simples determinarmos o número de níveis e o subnível de maior energia de qualquer elemento químico. Veja alguns exemplos:

Tabela periódica dos elementos químicos
Tabela periódica dos elementos químicos

1º) Na (Família IA, 3o período)

Como o sódio (Na) está na Família IA e no 3º Período, seu subnível mais energético é s1 e o átomo apresenta três níveis. Resumindo: 3s1 seria o término da sua distribuição.

2º) Hg (Família IIB, 6o período)

Como o mercurio (Hg) é da família IIB e está no sexto período, seu subnível mais energético é o d10 e apresenta quatro níveis. Todavia, sempre que estivermos trabalhando com um elemento de subnível d, sua distribuição sempre terminará em um nível anterior. Isso ocorre porque, seguindo a ordem de energia do diagrama de Linus Pauling, para terminar em d, antes passamos pelo s do nível seguinte. Resumindo: a distribuição do cobre termina em 5d10.

3º) Nd (Família IIIB, 6o período / série dos actinídeos)

Como o Neodímio (Nd) é o quarto elemento da série dos actinídeos e está no sexto período, seu subnível mais energético é o f4 e apresenta seis níveis. Todavia, sempre que estivermos trabalhando com um elemento de subnível f, sua distribuição sempre terminará em dois níveis anteriores. Isso ocorre porque, seguindo a ordem de energia do diagrama de Linus Pauling, para terminar em f, antes passamos pelo s de dois níveis seguintes. Resumindo: a distribuição do neodímio termina em 4f4.

4º) Bk (Família IIIB, 7o período /série dos lantanídeos)

Como o Berquélio (Bk) é o nono elemento da série dos actinídeos e está no sétimo período, seu subnível mais energético é o f9 e apresenta sete níveis. Como já esclarecido no item anterior, por apresentar subnível f, sua distribuição terminará em dois níveis anteriores. Resumindo: a distribuição do berquélio termina em 5f9.

Publicado por Diogo Lopes Dias
Assista às nossas videoaulas

Artigos Relacionados

Distribuição Eletrônica no Diagrama de Pauling
A distribuição dos elétrons de um átomo neutro pode ser feita em um Diagrama de Pauling, em ordem crescente de energia.
Elemento Químico
Conjunto formado por átomos de mesmo número atômico.
Organização da Tabela Periódica
Organização dos elementos químicos, Dimitri Ivanovich Mendeleev, números atômicos, Períodos, Famílias, grupos, propriedades químicas dos elementos, propriedades físicas dos elementos.
video icon
Texto" Matemática do Zero | Polígono convexo e não convexo" em fundo azul.
Matemática do Zero
Matemática do Zero | Polígono convexo e não convexo
Nessa aula veremos o que é um polígono convexo e um polígono não convexo a partir da definição matemática e, posteriormente, um “macete”.